Badminton em Família
Até Quando?
A evolução do Badminton nos
últimos anos tem sido extraordinariamente significativa. Não há comparação
nenhuma, efectivamente, o que hoje temos e o que ontem existia. Neste capítulo,
ressalvemo-lo bem, apenas o esforço produzido poderá ser paralelo – muito embora,
nos tempos que correm, os métodos e as possibilidades sejam outros e
naturalmente, a permitirem um progresso inequívoco e sempre crescente.
Hoje, com efeito o Bqdminton é
já um desporto que além de atraír milhares de praticantes, vai atraindo, também espectadores interessados em seguir e jogo
que em beleza e emotividade, nada fica a dever aos restantes.
Muitos lamentam, todavia que
esses (bons) espectadores não sejam em número suficiente para mais valorizar, a
nossa modalidade. Estamos habituados, todos, a assistir às nossas provas com a
presença quase invariável dos mesmos rostos. Uma sessão de Badminton, nestas
condições torna-se monótona e apenas revestida daquele intusiasmo que os
próprios praticantes lhes emprestam. Falta, sem dúvida “calor” no Badminton. Aquele
“calor” que noutros países lhe é garantido por milhares de entusiastas.
Que espectáculo inolvidável
representa para a modalidade um pavilhão completamente cheio de gente, vibrando
com as grandes jogadas e aplaudindo aqueles que as concretizam.
Vai sendo tempo de acabarmos
com o Badminton “em família” que se prática em Portugal. Se muito foi realizado
no sentido de o enraizar e incrementar em todo o país, é chegada a altura de
algo tentarmos, no sentido de tornar o Badminton, numa modalidade não só popular
para os que a praticam (questão fundamental), mas também popular para os olhos
daqueles que não a praticando, lhe encontram motivos de interesse, de emoção e
de beleza.
Os nossos Campeonatos
internacionais, muito embora, a T.V. os transmitisse na sua fase mais
importante tiveram, “ao vivo” uma assistência de algumas centenas de pessoas. Imagem
pobre de uma modalidade rica em aspectos significativos e que, por isso mesmo é
credora de um interesse mais positivo.
Infere-se, pois, que alguma
coisa está por fazer nesse campo importante da expansão do Badminton. Aos dirigentes
actuais e futuros se pede um esforço novo, capaz de em tempo breve, vermos as
nossas provas rodeadas de um ambiente diferente, de um “clima” mais propício à
sua desejada popularidade. E quanto mais cedo se fizer esse esforço, , quanto
mais depressa esquematizamos um plano com essa finalidade, mais rapidamente o Badminton
atingirá uma expressão susceptivel de o impor
como modalidade “ideal”.
Ontem como hoje, continuamos a
pensar que a chave de um possível e desejado êxito está nas escolas, melhor
dizendo, nas camadas jovens.
Teremos, pois, de nos voltar
para os estabelecimentos de ensino e principiar aí um verdadeiro trabalho, de
conseguirmos ao cabo de vinte anos, eliminar, ainda que lentamente, um tipo de
badminton, que em igual período de tempo tem sido jogado verdadeiramente “em família”
- Publicado por: Revista Badminton
- Em: Novembro de 1976
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