sexta-feira, 30 de novembro de 2012



Badminton em Família
Até Quando?
A evolução do Badminton nos últimos anos tem sido extraordinariamente significativa. Não há comparação nenhuma, efectivamente, o que hoje temos e o que ontem existia. Neste capítulo, ressalvemo-lo bem, apenas o esforço produzido poderá ser paralelo – muito embora, nos tempos que correm, os métodos e as possibilidades sejam outros e naturalmente, a permitirem um progresso inequívoco e sempre crescente.
Hoje, com efeito o Bqdminton é já um desporto que além de atraír milhares de praticantes, vai atraindo, também  espectadores interessados em seguir e jogo que em beleza e emotividade, nada fica a dever aos restantes.
Muitos lamentam, todavia que esses (bons) espectadores não sejam em número suficiente para mais valorizar, a nossa modalidade. Estamos habituados, todos, a assistir às nossas provas com a presença quase invariável dos mesmos rostos. Uma sessão de Badminton, nestas condições torna-se monótona e apenas revestida daquele intusiasmo que os próprios praticantes lhes emprestam. Falta, sem dúvida “calor” no Badminton. Aquele “calor” que noutros países lhe é garantido por milhares de entusiastas.
Que espectáculo inolvidável representa para a modalidade um pavilhão completamente cheio de gente, vibrando com as grandes jogadas e aplaudindo aqueles que as concretizam.
Vai sendo tempo de acabarmos com o Badminton “em família” que se prática em Portugal. Se muito foi realizado no sentido de o enraizar e incrementar em todo o país, é chegada a altura de algo tentarmos, no sentido de tornar o Badminton, numa modalidade não só popular para os que a praticam (questão fundamental), mas também popular para os olhos daqueles que não a praticando, lhe encontram motivos de interesse, de emoção e de beleza.
Os nossos Campeonatos internacionais, muito embora, a T.V. os transmitisse na sua fase mais importante tiveram, “ao vivo” uma assistência de algumas centenas de pessoas. Imagem pobre de uma modalidade rica em aspectos significativos e que, por isso mesmo é credora de um interesse mais positivo.
Infere-se, pois, que alguma coisa está por fazer nesse campo importante da expansão do Badminton. Aos dirigentes actuais e futuros se pede um esforço novo, capaz de em tempo breve, vermos as nossas provas rodeadas de um ambiente diferente, de um “clima” mais propício à sua desejada popularidade. E quanto mais cedo se fizer esse esforço, , quanto mais depressa esquematizamos um plano com essa finalidade, mais rapidamente o Badminton
 atingirá uma expressão susceptivel de o impor como modalidade “ideal”.
Ontem como hoje, continuamos a pensar que a chave de um possível e desejado êxito está nas escolas, melhor dizendo, nas camadas jovens.
Teremos, pois, de nos voltar para os estabelecimentos de ensino e principiar aí um verdadeiro trabalho, de conseguirmos ao cabo de vinte anos, eliminar, ainda que lentamente, um tipo de badminton, que em igual período de tempo tem sido jogado verdadeiramente “em família”

- Publicado por: Revista Badminton
- Em: Novembro de 1976

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